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Revendedor de IPTV pirata pede doações para combater ação judicial


O ex-revendedor de IPTV pirata Boom Media está sendo processado nos Estados Unidos pela emissora DISH Network. Uma derrota pode custar milhões de dólares. Porém, John Henderson, proprietário da Boom Media, diz que o que o DISH realmente quer são informações sobre seus fornecedores e clientes, então quer levar o caso a julgamento. Para financiar isso, ele pede pelo menos US$ 250 mil, mais de R$ 1 milhão, em doações.

Até recentemente, a Boom Media era uma das marcas de revenda de IPTV pirata mais ativa e reconhecida pelo público. Operando nos Estados Unidos sob o nome de Boom Media LLC, a empresa revendeu serviços de assinatura de IPTV, como MGF TV, Beast TV, Nitro TV, entre outras.

Porém, isso atraiu a atenção da DISH Network e do NagraStar, que se uniram para processar a Boom Media LLC. A emissora alegou que o serviço, que supostamente era operado da casa de Henderson, recebia pagamentos de clientes por meio de contas operadas pela sua mãe, Debra. DISH disse que esta operação resultou em violações internacionais dos direitos da empresa sob a Lei Federal de Comunicações.

Enquanto alguns dos processos semelhantes da DISH se arrastam por algum tempo no tribunal, há evidências para sugerir que, além de obter liquidações de dinheiro de alvos como a Boom Media, a emissora vê esse litígio como um trampolim para outros contra seus associados.

Henderson acredita que esse é seu caso. Em um vídeo postado no YouTube, ele diz que DISH e NagraStar querem usá-lo para obter informações de outras pessoas envolvidas no fornecimento e consumo de IPTV. Além disso, afirma que não está confortável, então vai lutar para impedir que isso aconteça. Mas, para isso, está pedindo uma doação para seus ex-clientes e outras pessoas interessadas.

“Fiz um GoFundMe para me ajudar a pagar as taxas legais. O ponto disso é que eu vou levar isso para um julgamento por júri, essa é a minha intenção. Então, basicamente, o advogado apenas para começar é R$ 63 mil”, afirmou. Apesar de falar que essa é a quantia inicial, a vaquinha virtual tem como meta US$ 250 mil, um pouco mais de R$ 1 milhão, mas esse montante considerável será para cobrir os custos de um longo litígio. No entanto, Henderson diz que, ao se opor aos pedidos, pode impedir que a DISH obtenha detalhes de seus clientes e os processem por suposta pirataria.

“Não se trata, na verdade, de processos judiciais e de proteger qualquer coisa. Trata-se de obter informações para lhe enviar uma carta exigindo R$ 15 mil, que é o que eles estão fazendo com todos”, denunciou.

Henderson reconhece que o processo legal vai custar “muito dinheiro”, mas alerta que esse caso pode abrir precedentes e que entregar informações é algo que ele quer evitar. Além disso, acrescenta que os próprios fornecedores de IPTV devem se interessar por um resultado bem-sucedido do caso, porque, se os revendedores não forem mais um alvo legal, eles não terão motivo para divulgar as informações de seus fornecedores.

A DISH já se envolveu em uma enorme disputa legal em um caso semelhante, contra a TVAddons. Apesar de ter gastado muito dinheiro, Adam Lackman, fundador da empresa, insiste que nunca entregou dados de seus usuários. Isso sugere que pode haver uma maneira de Henderson sair dessa situação sem comprometer seus fornecedores e ex-clientes.

Apesar de pedir muito dinheiro, Henderson enfrentar táticas para quebrar sua capacidade de revidar. Ele afirma que a DISH está tentando obter uma ordem para silenciá-lo. Enquanto isso não acontece, ele insiste que não vai ficar calado.

Henderson diz que não quer seguir o caminho da divulgação, mas a DISH está buscando que a Boom Media faça exatamente isso. Além de uma liminar permanente contra a empresa, deseja o domínio do nome Boom, além de “todas as cópias impressas e registro eletrônicos” das pessoas envolvidas em todo o “esquema de retransmissão”.

Até o momento, Henderson conseguiu US$ 725 dos US$ 250 mil desejados.

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