Homem morre após ter crânio perfurado por explosão de cigarro eletrônico nos EUA

SEU DIREITO- BRASIL
17/05/2018 10h28 


Um homem de 38 anos morreu nos Estados Unidos após ter o crânio perfurado por causa de uma explosão de um cigarro eletrônico. O caso aconteceu no dia 5 de maio, mas autoridades norte-americanas confirmaram a causa da morte nesta terça-feira (15). A detonação do vaporizador também causou um incêndio no quarto onde Tallmadge Wakeman D'Elia usava o aparelho no andar de cima de sua casa.



Segundo a necropsia, a explosão disparou dois pedaços do aparelho para dentro do crânio de D'Elia, o que causou "ferimentos de projétil na cabeça". O laudo também constatou que a causa da morte foi acidental. A vítima foi encontrada com 80% do corpo queimado.

No quarto da casa localizada na Flórida, as equipes de emergência encontraram um pedaço do vaporizador identificando o modelo como um Mech Works, da empresa Smok-E Mountain, sediada nas Filipinas. Este aparelho é do tipo chamado “mechanical mod”, isto é, customizável pelo usuário.

Ao jornal The New York Times, Gregory Conley, presidente da Associação Americana de Vaporizadores, destacou que a grande maioria dos cigarros eletrônicos é alimentado por baterias íon-lítio, idêntico às de smartphones e notebooks. Esse modelo de carga é usado por permitir grande potência em pouco espaço.

Por outro lado, os vaporizadores tipo “mechanical mods” dão aos usuários maior acesso à bateria e não possuem circuitos internos que controlam a voltagem. Outros modelos de cigarros eletrônicos possuem chips que controlam a temperatura do dispositivo e os impedem de superaquecer.
 
Aparelho é do tipo chamado "mechanical mod", isto é, customizável pelo usuário Imagem: Divulgação
Um representante da Smok-E Mountain afirmou à afiliada da emissora de TV ABC na Flórida que os aparelhos fabricados pela marca não explodem. No comunicado, a empresa alega que a causa do acidente pode ter sido a piteira - parte do vaporizador em contato com a boca do usuário - ou a bateria. O porta-voz também declarou que a companhia tem registrado a clonagem de suas baterias, o que as deixa menos seguras.

Segundo a Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos, este é o primeiro incidente fatal envolvendo um cigarro eletrônico no país. Em 2017, a entidade divulgou um estudo relatando que, entre 2009 e 2016, foram registrados 195 casos envolvendo incidentes com vaporizadores nos EUA. Deste número, 133 ferimentos foram considerados agudos e 38 como severos.

O documento atesta que “nenhum outro produto deixa uma bateria com um conhecido risco de explosão tão perto do corpo humano”. “É esse contato próximo entre o corpo e a bateria o maior responsável pela gravidade das lesões registradas. Enquanto a taxa de falha das baterias de íon-lítio é bem pequena, as consequências de um problema desse tipo podem ser severas e perpétuas aos consumidores”, completa o estudo.

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