Plano de saúde vai pagar R$ 15 mil por demora em autorizar medicamento a paciente

A 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso condenou a Unimed Cuiabá a pagar R$ 15 mil em indenizações por danos morais devido à demora para fornecer um medicamento a um paciente com câncer. De acordo com os desembargadores, a omissão agrava a situação de aflição psicológica vivenciada pelo contratante.
SEU DIREITO- BRASIL
Amo Direito · 


A 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso condenou a Unimed Cuiabá a pagar R$ 15 mil em indenizações por danos morais devido à demora para fornecer um medicamento a um paciente com câncer. De acordo com os desembargadores, a omissão agrava a situação de aflição psicológica vivenciada pelo contratante.

Nos autos, o paciente alega ter buscado autorização para o fornecimento de Tasigna, medicamento indicado para o tratamento de leucemia mieloide cronica (LMC), um tipo de câncer que leva o corpo a produzir muitas células leucêmicas.

Apesar das sucessivas tentativas de contato iniciadas em 17 de junho de 2014, a autorização foi liberada quase um mês depois, em 2 de julho. Mesmo assim, o remédio não foi entregue por suposto erro de preenchimento da solicitação pela médica. Por essa razão, o paciente só teve a medicação no dia 10 de julho.

A Unimed alega a ausência de ato ilícito no processo, visto que a medicação não foi negada, apenas houve delongas no trâmite para sua autorização. A empresa diz ainda que o caso não configurava situação emergencial.

O relator do processo, desembargador Sebastião Barbosa Farias, afirmou que a demora, no entanto, configuraria ato ilícito devido à ‘situação de gravidade’ do paciente e por essa razão cabe indenização por danos morais.

“Assim, tem-se que tal medicamento é de extrema importância para o tratamento do apelado, eis que acometido pela doença em estágio crônico, incidindo na situação de gravidade, que requer o pronto atendimento, sendo, ante a urgência da necessidade da medicação, desproporcional e desarrazoado a demora de quase um mês para liberação de medicamento, incorrendo o apelante em ato ilícito”, afirma Farias.

O magistrado, contudo, atendeu recurso da Unimed e afirmou considerar ‘mais razoável’ a indenização ser fixada em R$ 15 mil. Em julgamento de primeira instância, a Justiça determinou à empresa o pagamento de R$ 25 mil ao paciente.

Com a palavra, a Unimed Cuiabá

A reportagem busca contato com a Unimed Cuiabá. O espaço está aberto a manifestações. Nos autos, a Unimed alega a ausência de ato ilícito no processo, visto que a medicação não foi negada, apenas houve delongas no trâmite para sua autorização. A empresa alega ainda que o caso não configurava situação emergencial.
Consentimento de Cookies
Utilizamos cookies neste site para analisar o tráfego, lembrar suas preferências e otimizar sua experiência.
Oops!
It seems there is something wrong with your internet connection. Please connect to the internet and start browsing again.
AdBlock Detected!
Detectamos que você está usando um plugin de bloqueio de anúncios no seu navegador.
A receita que ganhamos com os anúncios é usada para gerenciar este site. Solicitamos que você coloque nosso site na lista de permissões do seu plugin de bloqueio de anúncios.