Mulher era vítima de rapto e violência sexual
Montgomery County Sheriff's Office via Reuters
Por trás do vídeo que viralizou esta semana, que mostra uma mulher seminua tocando campainhas de casas na cidade de Montgomery, no Texas, existe uma história de crime e abuso sexual. A polícia do Texas (EUA) identificou o namorado dela e descobriu que ele já respondeu por um crime semelhante.
Dennis Ray Collins, 49, foi encontrado morto em sua casa, com um tiro no peito, na última quarta-feira (29). A polícia não revelou o nome da mulher porque os investigadores a tratam como vítima de violência sexual.
Confissão no bilhete
De acordo com a polícia, o bilhete de suicídio deixado por Collins demonstra que ele tomou a decisão de se matar por causa da repercussão do caso, a partir da disseminação dos vídeos na internet.
As imagens mostram a mulher, de 32 anos, seminua e com restos de algemas usadas para práticas sadomasoquistas, batendo em portas de vizinhos da casa onde ela morava com Collins. Como não conseguiu ajuda, ela buscou seu carro e fugiu para Dallas, onde mora sua família.
"Os detalhes nas anotações mostram que eles estava extremamente perturbado com a repercussão. Ele assume a culpa pelo que aconteceu, admite que fez o que fez com ela", disse o tenente Scott Spencer, da polícia de Montgomery.
Aviso da ex-mulher
Os policiais chegaram à casa dele depois de receberem um telefonema da ex-esposa. Ela contou que ligou para Collins após reconhecer a atual namorada dele nos vídeos que viralizaram e que ele teria ameaçado o suicídio ao saber da divulgação do caso.
"Se ele ainda estivesse vivo, esta seria uma uma investigação criminal. Há vários crimes separados que se misturam, o rapto que virou cárcere privado, que virou um abuso sexual", contou Spencer.
Também de acordo com os investigadores, Collins chegou a ser preso em 2000 por tentativa de abuso sexual. Ele se declarou culpado e passou cinco anos em liberdade condicional.
Ajuda de vizinhos
O vídeo viralizou depois que uma das vizinhas de Collins, Jennie Drude, tornou público o vídeo gravado por uma das câmeras da vizinhança, que estava no grupo de Facebook dos moradores. Como ninguém conhecia a moça, as imagens foram publicadas numa tentativa de encontrá-la e ajudá-la.
"Quando vi o vídeo, fiquei com muita pena dela. Obviamente ela estava em apuros, tinha aquelas algemas nos braços. A primeira coisa em que pensei era que devia ter alguém procurando por ela, sua família, seus pais. Por isso tentei ajudar, mas não esperava essa repercussão, pensei nas pessoas aqui de Montgomery", disse ela à emissora Fox News.
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