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A importância do vaso sanitário na vida do ser humano.



Quando a humanidade fez sua primeira grande invenção, a agricultura, passou a ser possível viver a vida toda num só lugar. Mas isso também criou um problemão: o que fazer com o xixi e o cocô que se acumulam? Gregos e romanos inventaram mecanismos primitivos para se livrar dessas coisas indesejáveis, que são citadas até na Bíblia (“você deve cobrir seus excrementos”). Mas a luta só seria vencida em 1885, quando o inglês Thomas Twyford criou a privada como a conhecemos hoje. Foi uma revolução, que somada a estações de tratamento de água reduziu em 40% as infecções, elevando em 20 anos a expectativa de vida no mundo. Mas 2,5 bilhões de pessoas ainda não têm privada. E as que têm estão detonando as reservas de água do planeta: dos 163 litros que cada brasileiro consome por dia, 38% vão pela descarga. Isso atraiu a atenção de Bill Gates, que transformou a privada num foco de inovação tecnológica: patrocina cientistas que estão desenvolvendo vasos sanitários mais ecológicos.

Como o uso da privada foi disseminado nas sociedades após sua invenção?

Foi com a Revolução Industrial, no século 18, que a popularização do vaso sanitário começou a ganhar força. Já com a ideia de implementar a peça em um sistema de saneamento básico, em 1775, o escocês Alexander Cumming patenteou a ideia da privada como nós a conhecemos hoje. Entretanto, foi o engenheiro mecânico Joseph Bramah que, em 1778, aperfeiçoou o projeto da bacia sanitária com uma descarga de água. Esse mecanismo permitia que os dejetos fossem eliminados por um sistema de sucção.

Contudo, foi somente no século 19 que a ideia de um vaso sanitário ligado a um sistema subterrâneo de esgotamento se concretizou. Nesse período, o tema passou a ser mais amplamente discutido. Com essas ideias inovadoras, a história do vaso sanitário começou a ganhar força na vida moderna, causando um impacto muito significativo nas cidades.

O que podemos esperar do futuro do vaso sanitário?

A história do vaso sanitário não para aqui. A tecnologia continua a avançar e surgem modelos inovadores que trazem mais higiene, conforto, economia e sustentabilidade nas funções do artefato. Confira as principais novidades a seguir — algumas delas já disponíveis no mercado!
Sem tocar a mão

Especialmente em locais públicos, o uso do vaso sanitário precisa ser feito com atenção. Um dos primeiros cuidados que muitos tomam é usar o papel higiênico para levantar a tampa da privada e depois forrá-la. Um mecanismo bastante simples inventado por dois coreanos resolve esse problema: um simples pedal pode ser acionado com o pé para levantar e abaixar a tampa, evitando que você precise encostar na privada.

Transformando adubo em combustível

Em Cingapura, um grupo de cientistas inventou um vaso sanitário que é capaz de transformar os dejetos em adubo e combustível, além de economizar 90% da água utilizada em descargas, gastando apenas 200 ml para urina e 1 litro para excrementos.

O vaso conta com dois compartimentos que recebem dejetos líquidos e sólidos separadamente pelo sistema de sucção. Daí, a urina é conduzida para um compartilhamento onde será transformada por uma mistura de potássio, nitrogênio e fósforo. Já as fezes vão para um biorreator que as transformam em biocombustível de metano, que não tem cheiro e pode substituir o gás de cozinha.
O sanitário autossuficiente de Bill Gates

Ao passo que sanitários convencionais usam água para escoar os dejetos para a rede de esgoto, o projeto financiado pelo cofundador da Microsoft promete fazer um trabalho químico para eliminar o material.

O mecanismo é simples: por meio de um conjunto de engrenagens, os dejetos sólidos caem no fundo de um compartimento, entrando em um triturador que os levam a uma câmara para serem incinerados. Os líquidos passam por uma tubulação, onde serão filtrados por uma membrana que elimina as impurezas da água.

Algumas dessas versões práticas e ecológicas ainda não estão disponíveis no mercado para o grande público, mas mostram claramente que o vaso sanitário ainda é foco de pesquisa e investimento — e pode passar por muitas evoluções.
Qual é a importância de usá-lo?

Ao longo da história (da humanidade e do vaso sanitário), ficou muito claro como a falta de saneamento básico e a destinação incorreta de dejetos foi foco de inúmeros problemas de saúde e da elevação nos índices de mortalidade nas cidades. As fezes expostas ao ar livre podem propagar mais de 50 doenças. Por outro lado, o uso do vaso sanitário é capaz de diminuir a taxa de infecções em até 40%. Esse índice é tão significativo quanto os ganhos obtidos com o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, por exemplo.

É incrível como a história do vaso sanitário é capaz de nos ensinar lições muito valiosas sobre a importância do saneamento básico para a qualidade de vida nas cidades, não é mesmo? Reconhecemos muitos avanços até aqui, mas lutamos pela universalização do saneamento em prol de um futuro com mais saúde e desenvolvimento.

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