Originalmente identificada na África do Sul, a Ômicron, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma nova variante de preocupação (VOC, na sigla em inglês) da Covid-19, apresenta sintomas distintos daqueles ligados à Delta, cepa responsável pela maioria das contaminações recentes pelo novo coronavírus no mundo.
De acordo com a presidente da Associação Médica da África do Sul, Angelique Coetzee, os sintomas mais relatados pelos primeiros pacientes infectados pela Ômicron foram cansaço, dores musculares e garganta "coçando" ou "arranhando". Em alguns poucos casos, foram identificadas febre baixa e tosse seca.
Assim, como analisa Coetzee, os efeitos da nova variante lembram os da variante Beta, enquanto a Delta se caracteriza por pulsação elevada, baixos níveis de oxigênio e perda de olfato e paladar.
Com três casos já confirmados no Brasil, a Ômicron tem gerado apreensão na comunidade científica e os órgãos sanitários internacionais, já que soma um recorde de 50 mutações em sua composição genética - com mais de 30 delas concentradas na proteína spike, região utilizada para a doença se instalar nas células do corpo (e, por isso mesmo, alvo da maioria dos imunizantes produzidos contra a Covid-19).
Até o momento, há apenas suspeitas, ainda não comprovadas, de que a cepa seja mais transmissível e tenha chances de escapar à imunização obtida por meio das vacinas. Segundo a OMS, porém, ainda não foram confirmadas mortes associadas à variante.
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