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Como fica o TED e o DOC após o lançamento do Pix ?

 DOC, TED e suas novas regras


Fazer transferências de dinheiro pela Internet faz cada vez mais parte da rotina dos brasileiros, mas muita gente ainda tem dúvidas na hora de reembolsar um amigo ou pagar uma compra: afinal, é Doc ou Ted? E agora ainda tem o PIX ?


Tanto o “Documento de Ordem de Crédito“ quanto a “Transferência Eletrônica Disponível” são modalidades de transferência de dinheiro entre contas bancárias, mas há muitas diferenças entre elas que você vai entender a seguir.







Doc ou Ted?


As principais diferenças e semelhanças entre os tipos de transferências estão relacionadas a limite de envio, titularidade, prazo para compensação, as taxas praticadas pelas instituições bancárias, os dados necessários para executar a operação com sucesso e onde é possível fazê-las. Detalhando cada um desses pontos...


Limite de valor


No Doc: fazer uma transferência via Doc permite enviar até R$ 4.999,99 para qualquer conta bancária a partir de um banco diferente. É ideal para quem precisa fazer um pagamento de baixo valor. 


No Ted: o Ted não tem valor mínimo nem máximo para ser realizado. Ou seja, você pode enviar R$ 1, R$ 1 milhão ou mais! A transferência vale para qualquer conta de outra agência e é muito usada, por exemplo, por acionistas ou investidores que precisam movimentar altos valores. 


Titularidade


No Doc e no Ted: ambas as operações podem ser feitas para contas de mesma titularidade - chamadas de Doc-D e Ted-D - e de titularidades diferentes, ou seja, Doc-E e Ted-E, porém alguns bancos não autorizam Doc para conta poupança (é preciso fazer Ted). Sendo assim, você pode transferir dinheiro para você mesmo ou para quitar aquela dívida com o seu pai, entre muitos outros usos.


Lembre-se que as modalidades só valem se forem feitas para instituições bancárias realizadas em solo brasileiro. Se você quiser transferir o dinheiro para o exterior, a transação a ser efetuada é uma remessa para o exterior, que tem regras bem diferentes do Doc e Ted. 


Prazo para compensação


No Doc: para o dinheiro transferido cair na outra conta vai levar um tempo, pois isso não ocorre no mesmo dia. O valor demora um dia útil para ser compensado, desde que você faça a operação até o horário limite da instituição bancária. Como cada banco estipula o próprio horário (entre 20h30 e 22h15 em média), o mais indicado é conferir o que o seu banco diz sobre isso. Se você fizer a operação depois do horário limite, o Doc vai levar até dois dias úteis para chegar ao destinatário. 


No Ted: a grande vantagem do Ted é a agilidade: o dinheiro estará disponível na conta do beneficiário em apenas uma hora, ou, no máximo, no mesmo dia útil. No entanto, também é preciso respeitar o horário limite do seu banco, caso contrário, o valor será recebido no próximo dia útil. 


Taxas


No Doc e no Ted: as instituições bancárias costumam cobrar uma taxa para cada operação realizada. Geralmente, a taxa para Doc e Ted é a mesma e costuma ser mais barata quando a transação é feita por meios eletrônicos e mais cara quando feita presencialmente. 


Porém, há uma série de fatores que podem alterar as taxas praticadas e até mesmo eliminá-las completamente. Transferência de valores muito altos, benefícios da cesta de serviços e modalidade da sua conta bancária, por exemplo, podem reduzir ou acabar com essas taxas, seja para um certo número de transações em um período ou operações ilimitadas. 


Dados necessários


No Doc e no Ted: na hora de realizar a transferência, para ambas as transações você vai precisar de algumas informações relacionadas a quem receberá o dinheiro:


  • Código do banco de destino;

  • Número da agência em que a pessoa ou empresa tem conta;

  • Número da conta bancária;

  • Nome ou razão social do titular da conta;

  • CPF ou CNPJ do titular da conta.


Onde realizar


No Doc e no Ted: existem muitas maneiras de realizar transações bancárias. As transferências online, feitas via Internet ou por meio dos aplicativos dos bancos, estão cada vez mais populares - principalmente devido à pandemia de corona vírus. Outra opção prática é utilizar os caixas eletrônicos. Também é possível executar a transação presencialmente, com um atendente na boca do caixa, uma opção sujeita a longas filas e a taxas mais altas. 


Mudanças no Doc e Ted

Nos últimos tempos, algumas novidades têm sido anunciadas para essas duas modalidades de transações. 


A que está mais próxima de ser colocada em prática é uma medida que vai ajudar a aumentar os cuidados com a saúde da população durante a pandemia. É o Projeto de Lei 1817/20, que está em análise na Câmara dos Deputados e que suspende por 90 dias cobrança de tarifas bancárias do cliente em transações eletrônicas em caso de calamidade pública. 


Se o projeto for aprovado, haverá mais um incentivo para a circulação financeira digital e menor necessidade de circulação do papel moeda. Afinal, quem nunca preferiu fazer um depósito bancário para não ter que pagar a taxa da transferência? 


Doc ou Ted continuam a fazer parte da nossa rotina e se tornam mais essenciais, mas agora sem confusões na hora de transferir o seu dinheiro. 



E o tal do PIX ?

Mas o que é Pix, na prática? Como ele funciona? E o que muda na vida dos brasileiros?

O que é Pix?

Em poucas palavras, o Pix é um novo meio de pagamentos para fazer transferências de forma rápida e instantânea. Além de poder transferir dinheiro para outras pessoas, será possível também fazer pagamentos a estabelecimentos usando o Pix.

Com o Pix, pagamentos e transferências são concluídos em alguns segundos e podem ser feitos a qualquer horário e dia, incluindo finais de semana. O Pix, portanto, facilita e agiliza as transferências de valores entre pessoas, o pagamento de contas e até recolhimento de impostos e taxas de serviços, entre outras possibilidades.

Vale dizer que para enviar ou receber um Pix, não é necessário fazer nenhum cadastro ou baixar um aplicativo – ele pode ser usado diretamente no aplicativo de sua instituição; é necessário somente que ela ofereça esse meio de pagamento. 


Pix e outros meios de pagamentos

Hoje, transferências entre contas bancárias de diferentes instituições são feitas através de TEDs e DOCs. Pagamentos de contas são feitos por boletos, transações físicas, por cartões e com dinheiro vivo.

Essas operações eletrônicas podem levar dias – e muitas delas acabam custando caro (algumas instituições chegam a cobrar mais de R$20 por uma TED, por exemplo). E o dinheiro vivo pode representar um risco maior tanto para o pagador quanto para o recebedor.

A novidade é que essas modalidades de pagamento deixarão de ser as únicas possibilidades do mercado: o Pix passa a ser uma alternativa, um meio adicional, para transferir e fazer pagamentos de forma rápida e barata – para usuários pessoa física, ele será gratuito na maioria dos casos. 

A diferença entre os meios que já existem e o Pix é a rapidez e a disponibilidade deste meio de pagamento: enquanto hoje existem restrições de dias, horários e quantias para enviar através de TED e DOC e realizar pagamentos de contas, o Pix permitirá que elas sejam realizadas a qualquer dia e horário.

O Pix começa a funcionar oficialmente no dia 16 de novembro e todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas deverão se adequar, até esta data, para oferecer e receber o serviço. Desde o dia 5 de outubro, já é possível registrar as suas chaves do Pix nas instituições que você desejar – veja sobre a chave do Pix mais abaixo.

Veja todas as diferenças entre o Pix e os meios de pagamentos já existentes.

Como funciona o Pix?

O Pix funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, em todos os dias do ano. Além disso, as transações são realizadas em segundos. 

Em outras palavras, as transações serão realizadas em tempo real. Elas acontecerão sem intermediação de terceiros: o dinheiro sai de uma conta e vai diretamente para a conta de quem receberá os valores. 

É como acontecem, hoje, transferências entre contas de um mesmo banco, que são instantâneas, podem ser feitas a qualquer momento e são gratuitas. É possível, por exemplo, fazer uma transferência entre contas em qualquer dia da semana e horário, e ela é finalizada em poucos segundos.

Essas transações, segundo o BC, podem ser feitas:

Entre pessoas;
Entre pessoas e estabelecimentos comerciais;
Entre estabelecimentos;
Para entes governamentais, no caso de impostos e taxas.
Para usar o Pix, é necessário que tanto o pagador (quem envia o dinheiro) quanto o recebedor (quem receberá os valores) tenham uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech. Não necessariamente essa conta precisa ser corrente.

Vale dizer: o Pix será gratuito para pessoas físicas, mas poderá ser pago em algumas situações (quando uma pessoa escolher fazer o Pix por meio físico em vez de digital, por exemplo). Pessoas jurídicas também poderão ter que pagar, dependendo da instituição. 

Como fazer transações com o Pix?

O Banco Central regulamentou que as transações do Pix poderão ser feitas de diferentes formas:

Informando uma chave do Pix, que o usuário poderá adicionar a uma conta que já possui; essa chave pode ser o número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ – será necessário informar somente um destes;

Informando os dados bancários de quem vai receber o pagamento, como se faz uma TED e DOC hoje – nome completo, CPF, número da instituição, agência e conta;

Ou também através da leitura de QR Codes. 

O que são as chaves do Pix?

Na definição do Banco Central, as chaves do Pix são “‘apelidos’ utilizados para identificar a sua conta” que representam o endereço da sua conta no Pix. Podem ser adicionados quatro tipos de chave Pix a uma conta: CPF ou CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou a chamada chave aleatória.

Em outras palavras, a chave do Pix é a informação que o usuário poderá usar para poder fazer um Pix a alguém – em vez de, por exemplo, informar o banco, CPF, nome completo, número da agência e da conta. Para enviar um Pix, basta informar uma das chaves do recebedor. 

Registrar uma chave do Pix não é obrigatório, mas é recomendado para ter a melhor experiência com esse meio de pagamento.

Pessoas físicas podem registrar até cinco chaves do Pix por conta da qual seja titular; pessoas jurídicas, até 20 chaves, também por conta. Não existe um limite total de chaves que cada pessoa pode cadastrar.

Não é possível, entretanto, adicionar uma mesma chave em mais de uma conta. Por exemplo: se você adicionar seu CPF como chave do Pix em uma conta, não poderá adicioná-lo também em outra; será necessário fazer a portabilidade de chaves para mudar o vínculo para outra instituição.


Segundo o BC, cada tipo de QR Code terá um uso diferente:

O QR Code estático poderá ser usado em múltiplas transações e permitirá que seja definido um valor para um produto ou um valor pelo pagador. Ele poderá ser usado para transferências entre duas pessoas, por exemplo. 

O QR Code dinâmico é mais adequado para pagamento de compras, já que poderá apresentar informações diferentes a cada transação e permitirá que sejam incluídas informações adicionais sobre a transação.

As chaves do Pix também poderão ser compartilhadas com outros usuários através de um QR Code, gerado pelo app da instituição. Mas os detalhes de como cada cliente poderá gerar esses QR Codes ainda não foram definidos e dependem do prazo de implementação. 
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