O aproveitamento da energia solar para gerar energia elétrica em casas, apartamentos, empresas, fábricas e lojas é hoje, sem dúvida, uma ótima opção para gerar economia na cada vez mais “salgada” conta de luz.
E essa atitude econômica e ecologicamente responsável já é uma realidade em Imbituba e região graças à chegada de empresas especializadas que fornecem os equipamentos e a instalação de sistemas fotovoltaicos.
Além disso, a iminente privatização da Eletrobras, no modelo “descotização”, em que a energia produzida pelas usinas passará a ser vendida por um preço mais alto, aumentará ainda mais o custo da energia para o consumidor.
Para Mauro Cardoso e Thaigor V. Liberato, proprietários da TEM ENERGIA, primeira empresa imbitubense especializada em energia fotovoltaica, a instalação de um sistema fotovoltaico em uma residência ou empresa traz muitos benefícios para quem adquire, pois o retorno do investimento se dá em poucos anos e o sistema proporciona uma redução de até 90% na fatura de energia por mais de 25 anos.
“Além disso, ainda valoriza o imóvel, pois se deixa de ficar exposto à variação do preço da energia e dos benefícios para o meio ambiente, pois será mais uma unidade consumidora que utilizará energia 100% limpa e renovável, evitando emissões de CO2, um dos gases do efeito estufa”, explica Cardoso.
Empreendedor natural de Imbituba, Liberato explicou o procedimento de instalação e como se dá a manutenção do sistema. “A instalação é rápida e na maioria das vezes ocorre em cima do telhado. Sua manutenção é barata, pois os módulos são feitos de material muito resistente e dificilmente quebram, sendo necessária apenas uma lavagem com água e sabão a cada três meses, para garantir um bom desempenho do sistema”, detalha.
Energia limpa e sustentabilidade
Além de não emitir poluentes para o meio ambiente e contribuir com o crescimento de cidades mais sustentáveis, as energias renováveis já ganham espaço nas residências e comércios, trazendo uma realidade de energia limpa e econômica aos consumidores.
A energia solar colabora com o ecossistema e o financeiro do consumidor, incentivando a escolha certa. O objetivo é atingir 23% em participação de fontes renováveis na matriz energética até 2030 no Brasil. A previsão é de que, em 2024, mais 1,2 milhão de usuários tenham adaptado sua produção e consumo de energia.
Como funciona
O painel fotovoltaico capta a luz solar e a transforma em eletricidade que abastece a unidade consumidora. O excedente pode ser lançado na rede de distribuição e convertido em créditos de energia a serem abatidos da conta de luz do consumidor.
Os créditos têm validade de 60 meses e podem ser utilizados para abater faturas de outras unidades consumidoras, desde que vinculadas ao mesmo CPF e atendidas pela mesma distribuidora.
Ótimo custo-benefício
Mesmo com tantas vantagens, o custo-benefício da energia solar residencial vem se tornando cada vez mais atrativo nos últimos anos, devido à evolução da tecnologia e do aumento do número de fabricantes e distribuidores, o que diminui os custos iniciais sem alterar o resultado final.
O payback – tempo necessário para pagar o investimento com a economia de energia elétrica, é, em média, seis anos. Ou seja, o valor da fatura de energia elétrica diminui e o valor economizado volta para o bolso do consumidor todos os meses.
Por tudo isso, o investimento inicial para a compra de equipamentos para o aproveitamento da energia solar é rapidamente coberto por meio da economia gerada na fatura de energia elétrica, além de que os custos de manutenção são muito baixos.
Vida útil de mais de 25 anos
É interessante ressaltar que a vida útil dos painéis é de mais de 25 anos, o que representa um investimento muito valioso e duradouro.
Valorização do imóvel
Em termos financeiros, há também a valorização dos imóveis em que são feitas essas instalações (prédios e casas), pois o mercado imobiliário também percebe a importância e a demanda por esse tipo de imóvel hoje em dia.
Painéis podem produzir até 100% da energia exigida
Os painéis fotovoltaicos podem produzir até 100% da energia exigida. Se o consumo da unidade for menor do que a energia gerada, pode ser entregue à companhia de energia e utilizada posteriormente em forma de crédito na conta de luz. A economia pode ser de até 90% nas faturas, uma vez que a taxa mínima da Celesc deve ser paga.
Manutenção mínima
A energia fotovoltaica possui manutenção mínima, o que reduz os custos para manter os equipamentos funcionando. Os painéis devem ser instalados preferencialmente voltados para o norte, para um melhor aproveitamento da luz solar.
Privatização da Eletrobras vai aumentar ainda mais a conta de luz das distribuidoras
A iminente privatização da Eletrobras, no modelo “descotização”, em que a energia produzida pelas usinas passará a ser vendida pelo preço mais alto também irá aumentar ainda mais o custo da energia para o consumidor.
O presidente da Aneel, Romeu Rufino, explicou que a venda a valores de mercado da energia gerada por 14 hidrelétricas antigas da empresa seria a responsável pelo potencial aumento de preços.
“Se o governo está vinculando privatização e descotização, é uma escolha. Isso não nasceu vinculado. A descotização terá impacto na tarifa, sim. Não há dúvida sobre isso. A Aneel fez simulações. Quem mais entende de tarifa é a Aneel. A Aneel é que tem responsabilidade legal de definir tarifa. Não é um palpite. Isso com certeza acontecerá. Qual o tamanho e a intensidade, depende da modelagem. No futuro, o consumidor vai ser beneficiado com a descotização? Acho pouco provável”, disse Rufino.
Especialista em Eficiência Energética tira duvidas sobre Sistema Fotovoltaico
Como funciona a energia fotovoltaica?
A energia fotovoltaica é gerada pela luz do sol, que é captada por painéis e convertida em energia elétrica. Os raios do sol incidem sobre os painéis fotovoltaicos, que ficam dispostos num local onde haja bastante exposição ao sol, geralmente nos telhados. Ao incidirem nos painéis, a energia dos raios de sol é transformada em corrente elétrica, que será utilizada para ligar os equipamentos elétricos do local onde o sistema está instalado. Porém, a corrente gerada é Corrente Contínua (CC), que é diferente da corrente que obtemos da tomada, a Corrente Alternada (CA). Portanto, é necessário que a corrente elétrica passe por um equipamento chamado Inversor, que transformará a corrente de Contínua para Alternada. Ao sair do Inversor, o sistema é conectado à Caixa de Distribuição existente, sendo assim integrada à rede elétrica e estando pronta para alimentar os dispositivos elétricos que forem ligados.
Quais são os componentes de um sistema fotovoltaico?
Os dois componentes principais de um Sistema Fotovoltaico são os Painéis Fotovoltaicos (também chamados de Módulos), que captarão a energia do sol e transformarão em Corrente Contínua, e o Inversor, que transformará a Corrente Contínua em Corrente Alternada, deixando-a pronta para ser usada no local da instalação. Também há outros equipamentos como cabos, dispositivos elétricos e estruturas de fixação, mas que representam uma parcela pequena do sistema.
Qual a vida útil deste sistema?
Por serem constituídos de materiais chamados semicondutores, a geração de energia elétrica dos Painéis Fotovoltaicos sofre uma degradação inicial ao ser exposto à luz do sol, e posteriormente de cerca de 0,7% a cada ano de operação. Muitos fabricantes oferecem Garantia de que os painéis estarão operando a 80% de sua capacidade nominal ao fim de 25 anos, porém ele não deixará de funcionar, apenas gerará menos energia. Há relatos de painéis com mais de 40 anos que estão até hoje funcionando. Já em relação aos Inversores, é sugerida a troca após 15 anos de operação devido à degradação natural de um equipamento elétrico.
Os equipamentos ocupam muito espaço?
Isto é muito relativo a potência do sistema. Um sistema para alimentar uma residência com um consumo médio de 280kWh por mês ocupará em torno de 20m².
São necessários muitos procedimentos de manutenção e operação no sistema?
Um sistema fotovoltaico opera de forma automática, portanto não é necessária qualquer operação para que ele funcione, basta instalá-lo e ele faz todo o resto. Em relação à manutenção, painéis fotovoltaicos são extremamente resistentes e duráveis, portanto sua manutenção pode ser dispensada. Já a limpeza deles é feita pela própria água da chuva, que se encarrega de remover as impurezas que poderiam acabar reduzindo o desempenho do sistema.
Esses equipamentos são importados ou fabricados no Brasil?
A grande maioria dos equipamentos é importada, com tecnologias das mais diversas nacionalidades: Alemanha, Canadá, Japão, Estados Unidos, entre outros. Entretanto, diante do enorme potencial brasileiro para energia solar, os grandes fabricantes já têm começado a construir fábricas no país, iniciando o processo de produção nacional dos equipamentos.
Eu consigo zerar minha conta de energia elétrica?
Infelizmente, não é possível zerar a conta de energia no Brasil. Caso a unidade consumidora onde o sistema está instalado seja do grupo tarifário B, como ocorre com residências, será necessário pagar o Custo de Disponibilidade, o qual depende do tipo de ligação elétrica que se tenha em casa. Para os consumidores residenciais, o valor é cobrado da seguinte forma:
Rede monofásica: valor em moeda corrente equivalente a 30 kWh;
Rede bifásica: valor em moeda corrente equivalente a 50 kWh;
Rede trifásica: valor em moeda corrente equivalente a 100 kWh.
Portanto, não é recomendável instalar um sistema que cubra 100% do consumo de energia elétrica. O mais aconselhável é dimensionar o sistema de modo a cobrir o consumo médio da residência, descontado do consumo mínimo associado ao Custo de Disponibilidade. Por exemplo, se uma residência trifásica consome em média 600 kWh/mês, o sistema deve ser dimensionado para produzir 500 kWh/mês, o que representa o consumo médio (600 kWh/mês) menos o consumo mínimo para residências trifásicas (100 kWh/mês).
Quanto posso economizar com este sistema?
A economia varia muito conforme o local e a potência do sistema instalado. Novamente considerando um sistema projetado para atender uma residência com um consumo médio de 280kWh por mês, é possível economizar até R$ 2 mil por ano, podendo ser mais ou menos de acordo com o local de instalação.
Em quanto tempo um sistema se paga?
O valor que indica em quanto tempo o sistema se pagará é o período de payback. O cálculo do período de payback é influenciado pelo tamanho do sistema, pela irradiação solar disponível no local e pela projeção do custo da energia elétrica ao longo da vida útil do sistema. Quanto maior o sistema, melhor será o desempenho financeiro em virtude da economia de escala. Em média, um sistema fotovoltaico de geração de energia elétrica leva de 6 a 7 anos para se pagar.
O que acontece quando o sistema estiver gerando energia mas a residência não estiver consumindo naquele momento?
Você irá gerar créditos de energia, os quais poderão ser usados em períodos nos quais o sistema não estiver gerando, como durante a noite ou em dias chuvosos. Isto é possível por que no Brasil foi adotado o Sistema de Compensação de Energia, conhecido mundialmente como net-metering. Ou seja, se você não estiver consumindo a energia gerada pelo seu sistema durante o dia, em momentos em que não esteja em casa, esta energia será injetada na rede elétrica e irá abastecer o ponto de consumo mais próximo do local onde ela foi produzida, gerando créditos. Estes créditos poderão ser utilizados, por exemplo, durante a noite, quando você chegar em casa e acionar utensílios elétricos. Os créditos têm validade de 60 meses e podem ser utilizados para abater faturas de outras unidades consumidoras, desde que vinculadas ao mesmo CPF ou CNPJ e atendidas pela mesma distribuidora.
E se faltar energia na rede, o sistema vai continuar gerando?
Como o sistema está conectado à rede, ele não irá gerar energia em caso de queda de fornecimento. Isto acontece por motivos de segurança: caso seja necessária manutenção na rede elétrica por exemplo, ela não poderá estar energizada.
A energia gerada pode ser vendida?
Não. A energia excedente gerada por um sistema fotovoltaico residencial pode apenas ser injetada na rede e tornar-se crédito, não podendo ser vendida pelo gerador. Os créditos gerados por um sistema fotovoltaico, entretanto, podem ser alocados em outras unidades consumidoras de mesma titularidade, de acordo com a Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL.
Tenho uma casa mas moro em um apartamento. Posso instalar o sistema fotovoltaico na minha casa e transferir a energia gerada para o meu apartamento?
Sim. No Brasil é permitido que se gere energia em um ponto e o excedente ali gerado possa ser abatido em outras localidades. Portanto, caso não tenha espaço em determinado local, é possível instalar o sistema em outro para abater o consumo.No caso de empresas é possível instalar em uma fábrica e usar esta energia para outras filiais por exemplo.
O sistema pode ser instalado em qualquer lugar?
O interessante é sempre buscar por um local bem ensolarado sem incidência de sombras, para ter uma máxima eficiência do sistema. A orientação ótima é que o sistema esteja voltado para o norte, com inclinação igual à latitude local. Pequenas variações na orientação do sistema não causam grandes perdas na produção de energia.
É necessário comunicar a Distribuidora antes de realizar a instalação deste sistema?
Sim, é necessário que o projeto seja apresentado para a Distribuidora para que a mesma possa avaliar e aprovar a sua instalação. É preciso verificar se o sistema cumpre todos os requisitos de segurança, por exemplo, para que não haja acidentes no futuro.
Nossas Redes Sociais