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DST pouco conhecida mostra resistência a antibióticos e preocupa médicos europeus


Uma doença sexualmente transmissível pouco conhecida preocupa a Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV, no Reino Unido. De acordo com o alertaemitido pelos especialistas, há riscos de a Mycoplasma genitalium tornar-se uma superbactéria resistente à antibióticos nos próximos dez anos.
Ao site da Associação Britânica de Saúde Sexual, o porta-voz Paddy Horner explicou que a Mycoplasma genitalium é tratada com antibióticos, mas até recentemente não havia nenhum teste disponível comercialmente. "A doença tem sido diagnosticada de forma errada como clamídia e tratada como tal. Isso não está curando a infecção, e sim causando resistência antimicrobiana nos pacientes com a infecção".
Para impedir o alastramento da doença, que já afeta 1 a cada 100 pessoas no país europeu, as autoridades de saúde locais lançaram novas diretrizes que visam a prevenção e melhor eficácia do tratamento.
Durante o desenvolvimento do estudo, 169 especialistas de saúde sexual foram ouvidos - entre suas recomendações estão o melhor controle da resistência aos antibióticos, busca pelo diagnóstico mais preciso e redução de custos do tratamento.
"Recursos são urgentemente necessários para assegurar que o teste de resistência antimicrobiana e diagnóstica esteja disponível para mulheres com alto risco de infertilidade. Estamos pedindo diretamente ao governo para disponibilizar esse financiamento a fim de evitar emergência de saúde pública", disse Paddy Horner.
Saiba mais: Corrimento vaginal pode indicar doenças infecciosas e até DSTs

Entenda a Mycoplasma genitalium

Mycoplasma genitalium é uma bactéria transmitida por relações sexuais sem preservativo e pode afetar tanto homens quanto mulheres.
Apesar de se mostrar assintomática em alguns casos, essa DST pode provocar inflamações na uretra dos homens, causando dor ao urinar e saída de secreções do pênis. Já a ala feminina pode ser vítima da inflamação de órgãos reprodutivos - sangramentos, febre e até a infertilidade são os sintomas mais recorrentes.

No Brasil

Segundo informações da BBC, o Ministério da Saúde monitora a bactéria tanto pelo aumento da prevalência quanto pelo aumento da resistência antimicrobiana.

Mas, como sua notificação não é compulsória no país, não há um número exato de vítimas no país - apenas estudos regionais que mostram que a Mycoplasma genitalium é menos frequente que outros agentes responsáveis pela gonorreia e clamídia.

Prevenção

O uso do preservativo (tanto a camisinha masculina quanto a camisinha feminina) continua sendo a maneira mais eficaz de proteger-se contra doenças sexualmente transmissíveis. Vale lembrar que ambas são fornecidas gratuitamente em todas as unidades de saúde do SUS. 
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