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URGENTE: Presidente da Petrobras pede demissão!

Via: ISTO É
01/06/18 - 13h58

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão nesta sexta-feira (1), depois da crise de abastecimento provocada pela greve de caminhoneiros contra a alta dos preços do diesel.

“Pedro Parente pediu sua demissão do cargo de presidente da empresa esta manhã”, e o Conselho de Administração nomeará um CEO interino, informou a empresa petroleira em seu comunicado.



Parente deixou o cargo depois de o presidente Michel Temer ter cedido às demandas de caminhoneiros, garantindo descontos subsidiados ao diesel por um período de 60 dias.


Isso acabou com a autonomia que a Petrobras tinha desde 2016 para estabelecer seus próprios preços – uma ferramenta crucial para investidores.

Depois da greve, que durou nove dias e afetou as entregas de combustível e alimentos no país, Temer deu sinais de que o governo poderia voltar a estabelecer os preços. Depois, voltou atrás e insistiu em que a autonomia da Petrobras seria mantida.

A Petrobras também está sob pressão dos trabalhadores petroleiros, que inciaram nesta quarta-feira uma paralisação de 72 horas, exigindo a demissão de Parente.


Apesar de a Justiça ter determinado que o movimento é ilegal, os petroleiros ameaçam fazer uma greve por tempo indeterminado em junho.

As ações da Petrobras na Bovespa tiveram forte queda após o anúncio da demissão de Parente. Às 12h45, as ações preferenciais recuavam 16,23%, e as ordinárias, 15,91%, após as negociações terem sido suspensas imediatamente após a renúncia.



Parente presidiu a Petrobras desde julho de 2016. Ele recebeu a empresa com o desavio de resgatar sua credibilidade e saúde financeira da petroleira – envolvida no maior escândalo de corrupção da história do país, revelado pela Operação Lava-Jato.

Autoridades e empresários brasileiros desviaram dinheiro da Petrobras por anos por meio de contratos e propinas.

O escândalo atingiu de Temer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de 12 anos de prisão.


Numa carta a Temer publicada nesta sexta-feira, Parente disse ter deixado a Petrobras “com reputação recuperada, indicadores de segurança em linha com as melhores empresas do setor, resultados financeiros muito positivos”, mas que “a minha permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”.

Parente defendeu a política de preços da Petrobras – com reajustes frequentes, por vezes diários – afirmando que a alta dos preços reflete “choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no País”.

Contudo, a saída foi considerada uma vitória pelo diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi.


“Ele era muito mais empregado do mercado do que era da Petrobras”, afirmou.

André Perfeito, da consultoria financeira Spinelli, disse que Parente abandonou o barco.

“O Parente percebeu que as tensões sociais tendem a continuar elevadas no Brasil. De um lado, tem alguns políticos pedindo a demissão dele e, do outro, muito do que foi negociado com os caminhoneiros não vai poder ser entregue”, disse Perfeito.


“Antecipando isso ele falou: ‘Olha, eu prefiro ficar fora desse movimento'”.

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