Uma pesquisa publicada no JAMA Network Open apontou que a Losartana não foi capaz de reduzir a lesão pulmonar ou melhorar o quadro de pacientes clínicos que estavam internados em decorrência da Covid-19.
A pesquisa analisou 205 pacientes de cerca de 13 hospitais dos Estados Unidos que estavam internados pela Covid-19. Os voluntários receberam Losartana oral 50 mg duas vezes ao dia ou placebo por até 10 dias, o intuito da medicação é bloquear os receptores de angiotensina – hormônio que causa vasoconstrição e aumento da pressão arterial.
Os pesquisadores não notaram nenhum efeito significativo no tratamento feito com Losartana, quando comparado com o grupo que recebeu placebo.
“Mesmo que esse medicamento em particular não tenha sido eficaz para o tratamento do Covid-19, o reaproveitamento de medicamentos baratos e relativamente seguros continua sendo uma abordagem importante para conter os custos de saúde”, disse um dos responsáveis do estudo.
“Encontrar tratamentos eficazes para o COVID-19 que possam ser amplamente utilizados no mundo desenvolvido e em desenvolvimento continua sendo uma importante área de investigação em andamento”.
Recentemente, a farmacêutica Sanofi Medley anunciou o recolhimento de todos os lotes de remédios que possuem o princípio ativo Losartana. De acordo com a empresa, o recolhimento é uma “medida de precaução devido à presença de impurezas mutagênicas nos produtos”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado na última segunda-feira (14), sobre o recolhimento de unidades de medicamentos com o princípio ativo Losartana. O órgão esclarece que, até o momento, todas as iniciativas para suspender a venda dos produtos foram feitas de forma voluntária e preventiva pelas próprias farmacêuticas já que, segundo a Anvisa, ainda não há evidências de que as impurezas encontradas nos produtos tenham causado danos à saúde.
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