Muita gente já passou pela seguinte situação: o trabalho está pronto, os arquivos já foram transferidos, e tudo o que resta é retirar o pendrive e guardá-lo no bolso, na mochila ou na gaveta. Porém, muitas vezes uma etapa é ignorada: a de ejetar o dispositivo com segurança no Windows. A função está disponível em diferentes sistemas operacionais basicamente desde a popularização dos computadores, mas depois de todos esses anos, será que ainda é necessário ejetar pendrives e outros dispositivos antes de retirá-los da porta USB?
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A resposta correta depende muito do dispositivo que será retirado, assim como de qual sistema operacional se trata. Porém, no caso padrão de um pendrive retirado de um computador/notebook com Windows, provavelmente não é necessário tomar esse cuidado — ainda que seja recomendado.
O que é o Quick Removal
O Windows possui um sistema próprio que evita o corrompimento de arquivos, batizado de Quick Removal. Para entender como ele funciona, antes é necessário saber quais são os reais riscos de retirar um dispositivo antes de desativá-lo por software.
O Quick Removal corta essa comunicação, e permite que teoricamente seja seguro retirar o dispositivo externo a qualquer momento — a não ser, claro, que algum arquivo esteja efetivamente em processo de transferência. Essa função já é ativada por padrão desde a atualização de outubro de 2018 do Windows 10.
Mas se o Quick Removal traz mais segurança para a retirada de dispositivos externos, por que ele não foi implementado décadas atrás?
A transferência constante de metadados — que o Quick Removal corta — causa uma melhora geral no desempenho, especialmente na abertura de arquivos e pastas armazenadas em pendrives. Acontece que os últimos anos proporcionaram uma melhoria tão grande na velocidade de leitura e escrita dos componentes de armazenamento que simplesmente deixou de fazer diferença — ou pelo menos uma diferença perceptível na experiência do usuário comum.
É obrigatório remover o pendrive com segurança?
O fato de que você não está mexendo nos arquivos não significa que nenhum programa esteja. É muito comum que, por exemplo, o antivírus faça um escaneamento de todos os dados novos que aparecem em seu dispositivo, o que várias vezes acontece de forma discreta e sem a percepção do usuário. Porém, geralmente esses programas não têm a capacidade de causar grandes problemas no caso de desligamentos repentinos. Mesmo assim, essa é a principal razão pela qual é recomendado ejetar com segurança, mas não necessariamente obrigatório.
Uma outra situação envolve os HDs externos. Como eles funcionam com mídia física, a transmissão e escrita de dados acontece de forma bem mais lenta, e portanto ainda podem estar executando alguma função “invisível” um bom tempo depois de a janela de transferência de arquivos sumir da sua tela.
Caso o Quick Removal esteja desabilitado, as transferências de metadados serão interrompidas abruptamente, e os dados podem ser corrompidos. Ou pior, a ação pode causar danos irreversíveis no hardware do armazenamento. Portanto, é sempre bom garantir a ejeção segura e evitar grandes dores de cabeça.
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