Talvez você se identifique com isso: toda vez que fica um pouco mais ansioso para algum evento no trabalho, passa nervoso no trânsito ou briga com alguém da família - então começa a comer tudo o que vê pela frente. Ou não para de repetir o prato até ver a panela vazia. Sim, esses podem ser sintomas de compulsão alimentar.
Bom, sendo assim, é necessário prestar atenção na frequência com que as cenas descritas andam ocorrendo na sua vida. Talvez seja a hora de procurar ajuda profissional. Afinal, o comer compulsivo aparece quando não conseguimos lidar com emoções mais intensas.
Alívio e risco
A questão pode ter origem ainda na infância a partir da dificuldade que algumas pessoas têm com a chamada regulação emocional. Um instante de raiva, por exemplo, pode ser atenuado com uma demonstração de carinho do adulto. A frase ?Se você parar de fazer birra, ganhará um docinho? adquire, então, seu sentido literal.
E é aí que mora o perigo. Usar a comida como válvula de escape para as emoções pode ser algo comum até a fase adulta. Ainda que pareça que o problema fora resolvido em curto prazo, o hábito apenas traz um alívio imediato e mascara algo que precisa ser trabalhado.
Ciclo da compulsão
Um gatilho emocional acontece. Pode ser briga com amigo, problema com os filhos, ou um conflito no trabalho. Começa uma resposta emocional intensa. Você fica muito triste, sente muita raiva ou medo. O cérebro entende que precisa neutralizar esse sentimento logo e a qualquer custo.
Então, vai à comida, mesmo sem nem estar com fome, sem perceber que comeu mais do que o necessário. Apesar do alívio inicial, o comportamento pode gerar o sentimento de culpa. Ou então mascarar a emoção intensa, o que pode fazer com que ela volte com tudo quando você menos esperar.
Como lidar com a situação
Se você se identificou com o ciclo, talvez seja a hora de recorrer a um especialista. Somente ele poderá ajudar a entender por que isso ocorre e qual a melhor forma de resolver.
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