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Quais as melhores opções de pão de forma

minhasaude.proteste.org.br
O brasileiro é apaixonado por pães! O consumo médio por pessoa é de 22 quilos por ano. Os fatiados, também conhecidos como pães de forma, são os mais consumidos e existem inúmeras marcas no mercado. Mas quais delas têm melhor qualidade?
Levamos 16 produtos das principais marcas ao laboratório, nas versões tradicional e integral, para responder essa pergunta. Constatamos, infelizmente, que uma das marcas testadas não entrega a quantidade de fibras prometida no rótulo.
Como fizemos o teste
Avaliamos a qualidade dos pães de forma tradicional e integral considerando:
• Rotulagem: verificamos se traziam informações importantes para o consumidor e se estavam legíveis;
• Higiene: verificamos se os produtos continham micro-organismos patogênicos (Salmonela) ou indicadores de conservação inadequada (bolores e leveduras);
 Conteúdo de fibras: verificamos o teor de fibras dos produtos e a veracidade das informações presentes no rótulo dos pães apresentados como integrais;
 Análise sensorial: um painel de consumidores avaliou o sabor, o aroma e a textura dos pães.

Rotulagem – Qualidade da informação

Como sempre fazemos em nossos testes, conferimos se as informações nos rótulos atendem à legislação vigente. Também verificamos se os pães continham outros dados que, mesmo não sendo obrigatórios, julgamos importantes para o consumidor.
De um modo geral, os rótulos foram bem-avaliados. Eles apresentaram as informações exigidas por lei, incluindo as alegações sobre a ausência de glúten e de alergênicos.
Apesar de não ser obrigatória, a data de fabricação estava ausente em todos os produtos avaliados. Somente quatro (Energia, Grãolev, Panco e Visconti) mencionavam a validade do produto após aberto. Essas informações são importantes, principalmente, pelo fato de os pães serem perecíveis e para que você opte por aqueles com produção mais recente.
Em relação à Informação Nutricional Complementar (INC) ou declaração de propriedade nutricional, a maioria dos produtos atendeu aos critérios para sua utilização, exceto o pão de forma integral Grãolev.
Essas declarações referem-se a menções de que o produto possui propriedades nutricionais particulares, por exemplo, em relação ao seu valor energético ou ao seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar. A marca Grãolev alega que o produto é “sem adição de açúcar”, mas não traz a frase “Este não é um alimento baixo ou reduzido em valor energético”, obrigatória junto à INC no rótulo.

Rotulagem – Veracidade da informação

Nesta análise, avaliamos se a informação nutricional contida no rótulo está de acordo com o conteúdo oferecido ao consumidor. Conferimos: valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, sódio e fibras.
Nos três primeiros componentes e no sódio não foram encontrados problemas. Todos os valores estavam dentro da variação permitida por lei. Segundo a legislação brasileira, a diferença não deve ser maior que 20%, para mais ou menos.
Em relação ao teor de gorduras totais, os pães tradicionais Wickbold (41,7%), Plus Vita (25,7%) e Vai Bem (111,50%) e o integral Panco (50%) apresentaram variação superior ao recomendado pela legislação. O pão integral Grãolev declara não conter quantidades significativas de gorduras totais (ou seja, até 0,5g/porção), porém encontramos na porção 1,37g em laboratório.
Sobre a quantidade de fibras, apenas o pão integral Grãolev (52,96%) apresentou diferença superior a 20% entre a quantidade de fibras informada e os teores encontrados nas análises.

Higiene dos pães

A qualidade microbiológica é fundamental para verificarmos se um alimento é adequado ao consumo e se apresenta algum risco à saúde dos consumidores.
Os resultados das nossas análises microbiológicas basearam-se nos parâmetros indicados pela Resolução RDC 12/2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova padrões microbiológicos para alimentos.
Em relação à contaminação por Salmonela, todas as amostras analisadas foram consideradas conformes. A presença desse micro-organismo preocupa em produtos de panificação. Isso porque, ovos de aves doentes ou ovos rachados propiciam a contaminação na fabricação de pães e produtos para confeitaria em geral. Considerada uma bactéria patogênica, mesmo em pequenas quantidades, pode causar diarreia, vômito e febre.
Também não foi observado crescimento de bolores e leveduras, nas amostras analisadas.
Teores de fibras
Recomendados por médicos, muitas vezes, os produtos integrais têm essa classificação no nome, porém contam com ingredientes industrializados. Então, seriam de fato integrais? O que determina esta “classificação”?
No Brasil, continuamos sem uma legislação que defina parâmetros e metodologias para classificar um pão (ou qualquer produto feito com cereais) como integral ou que obrigue a descrição do percentual de cereais integrais utilizados na sua fabricação.
Assim, para discutirmos o resultado do teor de fibras nos baseamos nas informações dos rótulos testados.
Só o pão integral Grãolev apresentou uma quantidade de fibras inferior em relação à descrita no rótulo. O produto continha só 1,27g de fibras na porção, contrariando os 2,7g mencionados na sua embalagem. Ou seja, a marca entrega ao consumidor 53% a menos das fibras que promete.
Outro item avaliado foi a lista de ingredientes. Conforme a legislação brasileira, ela deve ser descrita em ordem decrescente de quantidade, ou seja, o primeiro ingrediente está em maior quantidade naquele produto e assim por diante.
Só com essa informação, é possível perceber que a maioria dos pães testados apresenta maior quantidade de farinha de trigo integral em comparação com a tradicional.
A exceção fica com a marca Grãolev, que possui no topo da lista a farinha de trigo comum, seguida por farinha de trigo integral e fibra de trigo integral. Tal fato é, no mínimo, estranho quando se trata de um produto que se denomina “Integral”.
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