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RIO- O candidato ao governo do Rio de Janeiro Romário (Podemos) disse, após se reunir com o interventor federal Walter Braga Netto na manhã desta sexta-feira (10), que manterá 19 das 38 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) criadas a partir de 2008 no Rio se for eleito.
Segundo Romário, o plano elaborado por Braga Netto é manter 19 das UPPs e reestruturar as restantes --o candidato disse concordar com a estratégia e a endossou em entrevista a jornalistas após o encontro no Palácio Duque de Caxias, sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio.
RIO- O candidato ao governo do Rio de Janeiro Romário (Podemos) disse, após se reunir com o interventor federal Walter Braga Netto na manhã desta sexta-feira (10), que manterá 19 das 38 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) criadas a partir de 2008 no Rio se for eleito.
Segundo Romário, o plano elaborado por Braga Netto é manter 19 das UPPs e reestruturar as restantes --o candidato disse concordar com a estratégia e a endossou em entrevista a jornalistas após o encontro no Palácio Duque de Caxias, sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio.
"Eles [interventores] deixaram bem claro que das 38 UPPs que existem, a ideia é que, em princípio, 19 continuem. E está dentro da linha que eu também penso que é de diminuir o número de UPPs. A gente aproveita esses policiais para que eles possam fazer no asfalto, nas ruas, um policiamento ostensivo e consequentemente há a diminuição de roubos de carros e de assaltos", disse.
Desde o início da intervenção federal na segurança do estado, quatro UPPs já passaram por processo de reestruturação, sendo transformadas em companhias destacadas subordinadas a batalhões regulares da PM.
"E pretendo dar às UPPs que ficarem um apoio generalizado e completo do estado coisa que infelizmente nessas 38 não acontece", afirmou Romário.
O candidato se disse empolgado com resultados da intervenção, mas afirmou que ela não deve continuar no ano que vem. Se eleito, o senador prometeu manter o trabalho de mapeamento da violência, de inteligência e de treinamento das polícias que as Forças Armadas vêm realizando.
Ele disse ainda que se chegar ao governo indicará um general do Exército para comandar a Secretaria de Segurança. Afirmou ter procurado o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira na última terça-feira (7), mas as negociações não avançaram porque Heleno está comprometido com a equipe de Jair Bolsonaro (PSL), que disputa a Presidência da República. Heleno é um general da reserva, ex-comandante das forças da ONU no Haiti e considerado uma liderança do Exército.
O senador Romário disse que escolherá em breve o nome de outro general.
Questionado se tenta vincular sua imagem de candidato às Forças Armadas, ele respondeu: "A minha imagem não tem como colar com a polícia ou com o Exército, a minha imagem está diretamente ligada à população do Rio de Janeiro", disse.
Braga Netto já havia sido visitado na sede do Exército no Rio por Geraldo Alckmin em sua pré-campanha à presidência. Ele também recebeu o candidato ao governo do Rio, Eduardo Paes (DEM).
Visitas a quartéis
O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, divulgou neste mês normas para visitas de candidatos a instituições militares com o objetivo de ressaltar a isenção político-partidária da força.
Entre as normas, estão a proibição de fazer campanha política dentro dos quartéis (como distribuição de santinhos ou exibição de cartazes) ou gravar vídeos e registrar imagens dentro das unidades da instituição que depois sejam usadas para propaganda política.
O assunto a ser tratado com os militares também tem que ser enviado pelo candidato com antecedência, e o comandante que o recebe tem a orientação de não tratar de questões que não estejam na pauta aprovada.
As medidas ocorrem em um momento em que o Exército tenta desvincular sua imagem institucional da campanha política. Segundo Villas Bôas, nenhum candidato representa o Exército.
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