Muito usada nos jardins como planta ornamental e cerca viva, a ora-pro-nóbis está cada vez mais presente na nutrição e na gastronomia. Com alto teor de proteína, a planta já chegou até mesmo a ser chamada de “bife dos pobres”. Os nutricionistas confirmam os seus benefícios e versatilidade, mas recomendam que ela seja usada como complemento na dieta e não como única fonte proteica.
“A ora-pro-nóbis sempre foi muito usada na culinária brasileira, principalmente em Minas Gerais, mas perdeu espaço para indústria dos alimentos. Agora, assim como as demais plantas alimentícias não convencionais (pancs), está sendo redescoberta”, explica Natália Chede, nutricionista e culinarista especializada em alimentação vegana.
Sobre as propriedades da planta, uma trepadeira rústica da família dos cactos que se adapta praticamente a qualquer clima do país, a nutricionista funcional e naturoterapeuta Marcela Caron destaca o alto teor de proteína (cerca de 25%) e ferro, mas lembra também dos outros benefícios.
“A ora-pro-nóbis também é conhecida por aumentar a imunidade, controlar o apetite, por conter triptofano, que contribui para sensação de saciedade, e melhorar a circulação, pois ajuda na fluidez do sangue”, enumera Marcela. E a fama de super alimento não para por aí: 100 gramas das folhas são suficientes para garantir as necessidade diárias de vitaminas A e C, ferro, manganês, zinco, cobre, magnésio e ferro em adultos.
Versatilidade e sabor
Além dos benefícios nutricionais, o sabor leve e a versatilidade da planta também contribuem para que ela seja cada vez mais incluída no menu dos brasileiros. “Ao contrário de outras pancs, a ora-pro-nóbis pode ser usada in natura e não apenas em refogados”, conta Natália, que diz que a forma mais fácil de incluir o alimento no cardápio é substituindo a couve e o espinafre nas receitas.
Complemente, não substitua
Apesar de todos os benefícios, porém, é bom se atentar para uma questão levantada pelas nutricionistas: por ser uma folha, dificilmente a ora-pro-nóbis pode ser usada como única fonte de proteína da dieta. Isso significa dizer que ela, ao contrário do que se possa pensar, não substitui facilmente o bife do cardápio.
“Ela realmente tem grande quantidade de proteína em relação ao todo, mas é muito leve, e para suprir toda necessidade diária recomendada deveria ser consumida em grande quantidade, o que, obviamente, não é viável”, alerta Natália. A dica, então, é usar e abusar da planta como um complemento no cardápio, mantendo as demais fontes de proteína.
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