Estudos mostraram que medicamento quase quadruplicou a perda de peso. Mas ele só deve ser prescrito em situações específicas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, acabou de liberar a liraglutida, droga produzida pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, para combater o excesso de peso. O remédio é indicado para adultos obesos, com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30, ou para indivíduos com sobrepeso, com o IMC superior a 27, que possuem outros fatores de risco envolvidos, como hipertensão, apneia do sono ou colesterol alto. Administrado por meio de injeções diárias, o fármaco ganhou o ok das agências regulatórias americanas no final do ano passado.
Já aprovada para tratar o diabete, a liraglutida mostrou um efeito positivo na luta contra a balança, de acordo com uma pesquisa coordenada pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos, publicada no prestigiado periódico The New England Jounal of Medicine. Mais de 3 600 obesos foram separados em dois esquemas de terapia. O primeiro envolvia injeções do remédio e aconselhamento de profissionais sobre como adotar uma dieta equilibrada e se exercitar. O segundo se baseava em picadas de mentirinha e naquelas mesmas orientações. Após 14 meses, quem usou a liraglutida emagreceu, em média, 8,4 quilos, ante 2,8 quilos da outra turma. “O medicamento imita a ação do hormônio GLP-1 e incita o envio de mensagens de saciedade ao cérebro”, resume o médico Alexandre Hohl, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Quando o remédio é dispensável
Medicações para emagrecer não devem ser a primeira escolha de tratamento. É importante esgotar outras possibilidades, como dieta e atividade física.
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