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Casar (inclusive de novo) pode ajudar a proteger o coração

Por Mariza Tavares, Rio de Janeiro- 10/07/2018 06h00

Nos EUA, o país das estatísticas, um em cada cinco viúvos e viúvas casou-se ou entrou num relacionamento firme apenas alguns anos depois da morte do cônjuge. Além disso, de acordo com o Pew Research Center, 15% dos adultos americanos estão utilizando serviços on-line de encontros. Embora seja mais comum uma nova união quando se é mais jovem, o importante é se permitir que isso aconteça em qualquer idade. Viver o luto e a dor é fundamental, mas seguir em frente também faz parte da vida. Quando se é mais velho, a vantagem é já sabermos o que queremos e o que não queremos. Portanto, tenha sempre em mente o que considera intolerável em outra pessoa e também o que é indispensável para apostar num relacionamento. O que devemos evitar é fazer concessões apenas para ter alguém.



Revisão de 34 estudos, com mais de 2 milhões de participantes: casamento pode fazer bem para o coração (Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=34182894)

Para quem ainda não se convenceu, um argumento científico: o casamento pode proteger de doenças coronarianas e derrames, ao passo que solteiros, divorciados e viúvos apresentam um risco aumentado. Essa foi a conclusão de uma revisão de 34 estudos, com mais de 2 milhões de participantes, publicada na “Heart”, veículo da British Cardiovascular Society. 

Os pesquisadores afirmam que 80% da doença coronariana vem de fatores conhecidos, como idade, pressão alta e colesterol idem, fumar e diabetes. No entanto, ainda não está claro que fatores influenciam os 20% restantes – e pode ser que o estado civil tenha peso nisso.


O levantamento que acabou de ser divulgado vasculhou dados coletados entre 1963 e 2015, na Europa, América do Norte, Ásia e no Oriente Médio, com pessoas entre 42 e 77 anos. As que não eram casadas tinham um risco maior de desenvolver doença coronariana (42%) e morrer de derrame, isto é, acidente vascular cerebral (55%). 

Embora os estudos sejam de épocas diferentes e não tenham metodologias idênticas – e também não tenham entrado no mérito da qualidade das relações matrimoniais – o resultado foi considerado consistente devido ao volume de informações.

Sobre os motivos que fazem do casamento uma proteção contra doenças, aqui vão alguns listados pelos médicos: os sinais de uma enfermidade são reconhecidos precocemente quando vivemos com alguém; normalmente há maior adesão ao tratamento, porque um ajuda o outro a se cuidar; um casal tem mais segurança financeira; a rede de amigos é maior para trazer apoio em horas difíceis.
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