Via: Proteste
21/08/2017
Se você acha que o orégano só serve para dar aquele toque especial na pizza, está muito enganado. Rico em cálcio, potássio e vitamina, ele pode não só incrementar outros pratos como é capaz de trazer uma série de benefícios ao organismo.
Pensando nisso, levamos esse produto ao laboratório para verificar se ele está próprio para consumo. Ou seja, se está livre de corpos estranhos, como ácaros, pelo de roedor e insetos. Vale destacar que, para a realização deste teste, levamos em conta a RDC 14/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É essa resolução técnica que estabelece os requisitos mínimos para avaliação de matérias estranhas visíveis (macroscópicas) ou não visíveis (microscópicas) a olho nu em alimentos e bebidas, assim como seus limites de tolerância.
laboratorio
Oréganos cheios de fragmentos de insetos
Nas quatro marcas de orégano analisadas, Kitano, Santa Cozinha, Kisabor e Hikari, detectamos fragmentos de insetos ou insetos mortos. Esse, com certeza, não é um bom resultado: o ideal seria se não tivéssemos encontrado nenhum corpo estranho.
No entanto, nem todos podem ser penalizados por isso – pelo menos de acordo com a legislação. Ela permite que, a cada 10 g do produto, possam existir 20 fragmentos de insetos, cinco ácaros, 20 insetos inteiros mortos (próprios do ambiente onde o alimento é cultivado) e, até mesmo, um fragmento de pelo de roedor.
Constatamos que a quantidade de fragmentos de insetos presente nas marcas Kitano e Kisabor estava dentro do estipulado pela Anvisa. O mesmo foi verificado no pacote da Santa Cozinha, onde ainda encontramos um inseto inteiro morto – o que é tolerado pela resolução.
Já no Hikari havia um ácaro, dois insetos inteiros mortos e 28 fragmentos de insetos. Como já mencionado, o regulamento técnico da Anvisa tolera 20 fragmentos – isso significa que o produto está em desacordo com a norma e, consequentemente, impróprio para consumo.
Embora a maioria dos oréganos respeite a legislação, consideramos que eles não se saíram nada bem em nosso teste. Apesar de a presença de fragmentos de insetos não indicarem risco à saúde, você não gostaria de temperar sua pizza, ou qualquer outro alimento, com um produto repleto desses fragmentos ou de outras matérias estranhas, não é mesmo?
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Dessa forma, pedimos que seja retirado do mercado o lote do orégano Hikari que passou por nosso crivo. Solicitamos ainda a revisão da RDC 14/2014, pois entendemos que ela é totalmente permissiva e, para garantir tanto o direito quanto a saúde do consumidor, deveria ser bem mais rigorosa.
Tenha em mente o caso do orégano: a resolução permite que exista um fragmento de pelo de roedor a cada 10 g do produto. E ele não é o único: o pelo de roedor também está “liberado” para a canela em pó (um fragmento em 50 g) para o chocolate (um fragmento em 100 g) e para os alimentos derivados do tomate (um fragmento em 100 g), como é o caso do ketchup.
E por falar em ketchup, saiba que temos uma boa notícia! Também levamos quatro marcas ao laboratório e, diferentemente de testes passados, dessa vez nenhum deles apresentou matérias estranhas, fossem elas microscópicas ou macroscópicas. Então, pode comer sem medo! Porém, tenha em mente que ele é um produto ultraprocessado e, dessa maneira, deve ser consumido com moderação.
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Fragmentos de Insetos em grande quantidade são encontrados em marcas de Orégano, já Ketchup's passaram nos testes
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